Lewis e Eu – O retorno!

Olá! Amigos, como vocês estão? Espero que bem ^^ Essa semana o texto está saindo no sábado, perdão por isso… Mas eu prefiro adiar um pouco o texto do que soltar um conteúdo com baixa qualidade. Bem… Explicações feitas, vamos ao texto de hoje! Sim! A série Lewis e Eu está de volta! Mas agora com outro livro deste incrível autor, O peso da glória. Eu fiquei pensando por meses se eu continuava com a série e se eu realmente continuasse se continuaria com o livro Cristianismo puro e simples. A resposta veio aos poucos. Primeiro algumas pessoas começaram a falar pra mim que estavam sentindo falta dos textos dessa série (coisa que me surpreendeu muito, já que eu achava que os textos eram muito longos e muito cansativos). E aos poucos fui me convencendo que voltar com a série seria uma boa ideia, mas ainda faltava uma decisão muito importante, continuar ou não com Cristianismo puro e simples e bem… Este livro é muito bom, mas ao mesmo tempo é muito repetitivo, fala apenas de um assunto, o que o torna muito didático, mas meio “pesado”. Foi então que Deus enviou o sinal final pra mim hahaha um amigo me presenteou com o livro O peso da glória. Como uma lâmpada se acendesse, decidi voltar a escrever sobre Lewis mas com o livro que eu havia ganho ❤

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Introdução

A introdução desse livro é escrita por Walter Hooper, que conta ao longo de seu texto sobre sua convivência com Lewis e como ele própria era um admirador de Lewis (o autor e o humano). Como o objetivo do texto é apenas resumir e explicar alguns pontos, não vou me ater muito às histórias que ele conta na introdução (apesar delas serem ótimas histórias), mas caso vocês tenham interesse eu posso fazer um texto só pra isso ^^ (vou criar uma enquete na página do Facebook, passe lá e vote!).

A introdução começa com a citação da conclusão do sermão O peso da glória:

“Isso não significa que devamos ter uma atitude solene o tempo todo. Devemos participar do jogo. Mas a nossa alegria deveria ser do tipo (e, de fato, é a  mais alegre possível) que existe entre as pessoas que, desde o início, levam-se mutuamente a sério.”

Como todos os outros textos de sua autoria, Lewis sempre carrega muito a simplicidade com a profundidade que a vida precisa. Lendo assim, sem contexto, pode parecer uma frase bem confusa e até um pouco herege, por isso Hooper explica o que Lewis quis dizer com essa colocação:

“Desejar ser ‘perpetuamente solenes’, quando não há razão para isso, parece-me não apenas uma rejeição daquela felicidade que poderíamos ter no mundo, mas também colocar em perigo nossa capacidade de usufruir dela, quando toda e qualquer razão possível para a infelicidade removida.”

E continua com mais uma explicação esclarecedora:

“Se aqueles de disposição lúgubre objetaram que a religião cristão é por demais séria e solene, então minha resposta será: ‘Sim, é claro, e não é considerada séria o bastante’. Mas, nesse momento, Lewis vem em nosso resgate pela demonstração, no livro Os quatro amores, de como as coisas podem ser facilmente mudadas pelo emprego do tipo errado de seriedade.”

Agora eu acredito que o ponto que Lewis queria colocar foi muito bem exemplificado e explicado.

Um pouco sobre o sermão

No final da introdução, Hopper faz um pequeno levantamento sobre cada um dos sermões que estão no livro, começando é claro por O peso da glória (para não ficar muito extenso, vou colocar neste texto apenas a parte ferente ao sermão O peso da glória que será o texto analisado nos próximo posts), o qual foi colocado da seguinte forma:

“A convite de Canon T. R. Milford, a preleção foi apresentada no solene culto vespetino na Igreja de St. Mary the Virgin, do século doze, na Universidade de Oxford, em 8 de junho de 1941, para uma das maiores congregações que se reuniu ali em tempos modernos.”

Bom… Como esse texto é só pra reapresentar a série e introduzir o novo livro, vou encerrar o texto por aqui ^^ Espero que vocês tenham ficado feliz com esse recomeço e espero vê-los por aqui nos próximos

Em amor, Dory ❤

Lewis e Eu – Temos motivos para nos sentirmos inquietos

Oi oooi gente! Como vocês estão? Espero que bem bem ^^ Essa semana eu postei um texto surpresa e eu espero que vocês tenham curtido ❤ Mas infelizmente eu não consegui postar o texto reflexivo de costume e sinto muito por isso galera… MAAAAS se vocês quiserem eu posso tentar postar esse texto na segunda 🙂 o que vocês acham? Minha esperança é de aos poucos nós chegarmos no nosso ideal de blog organizado hahaha. Bom… Recados e esclarecimentos feitos

Algumas reclamações

Lewis começa essa capítulo com respostas às pessoas que o criticaram dizendo que ele havia dado voltas filosóficas para chegar a mesma conclusão religiosa de sempre. Ele rebate com 3 pontos. O primeiro sobre voltar atrás em um erro, o segundo sobre como a Lei Moral é uma prova da existência de um Alguém e por último, o terceiro sobre como é necessário ter um primeiro desconforto antes do aconchego do cristianismo. Não se preocupe porque vamos passar por cada um dos 3 pontos individualmente com mais calma 😉

O caminho correto

Lewis começa seu ponto dizendo que todos nós queremos progredir, seguir em frente, no entanto ele nos lembra que progredir sempre depende de onde nós queremos chegar. Logo, se estamos no caminho errado, dar meia-volta é progredir!

“Para quem está na estrada errada, progredir é dar meia-volta e retornar à direção correta; nesse caso, a pessoa que der meia-volta mais cedo será a mais avançada.”

Entendo isso, é fácil entender que ter um pensamento irreversível e extremamente “cabeça-dura” não leva a nada produtivo. Lewis nos lembra que observando o mundo em que vivemos é claro que a humanidade cometeu um grande erro e devemos dar meia-volta.

“Não há nada de progressista em ser um cabeça-dura que se recusa a admitir o erro. Penso que se examinarmos o estado atual do mundo, é bastante óbvio que a humanidade cometeu algum grande erro. Tomamos o caminho errado. Se assim for, devemos dar meia-volta. Voltar é o caminho mais rápido.”

Ainda não é sobre religião

Lewis nos lembra que ele ainda não entrou nas questões propriamente ditas do Deus cristão, mas sim, tratando sobre realidades dados da natureza humana e como existe um Alguém por trás da Lei Moral. E existem duas pistas sobre esse Alguém: o universo criado por ele e a Lei Moral. Se o universo fosse a única pistas chegaríamos a conclusão de que esse criador seria um grande artista (pela beleza do universo) e que seria também impiedoso e cruel (uma vez que o universo é muito perigoso). Lewis faz uma afirmação curiosa dizendo que nós descobrimos mais coisas sobre esse Ser pela Lei Moral do que pelo universo! Ele exemplifica da seguinte forma:

“Descobrimos mais coisas a respeito de Deus a partir da Lei Moral do que a partir do universo em geral, da mesma forma que sabemos mais a respeito de um homem quando conversamos com ele do que quando examinamos a casa que ele construiu.”

Partindo dessa colocação, chegamos à conclusão então que esse Alguém é “bom”, mas não o “bom” suave, mas o “bom” rígido, que nos traria desconforto, a ponto de nos exortar a fazer o que é correto independente do quanto isso nos seja incômodo, do quanto isso nos possa ser doloroso. Dessa forma, se Deus for só a Lei Moral então ele é alguém “duro” demais, pois a Lei Moral se parece muito mais de uma mente do que de uma pessoa. (mas Lewis nos alerta, a questão de um Deus pessoal ou não é algo a ser tratado mais no futuro, não adiantemos a matéria)

“Caso se trate de uma pura mente impessoal, não há sentido algum em pedir que ela nos desculpe, da mesma forma que não há sentido em pedir que a tabuada nos seja tolerante com nossos erros de multiplicação.”

Se continuarmos nessa trajetória chegaremos a uma conclusão errônea, e muito menos existe sentido em dizer que: “se existe um Deus assim – uma bondade impessoal e absoluta -, você não precisaria gostar nem se preocupar com ele”, pois o ponto que Lewis nos levanta é sobre como nós concordamos que a humanidade, e nós inclusos nisso, está fadada em seu erro. Talvez você quisesse subornar esse Deus dizendo para esquecer esse seu erro, mas você reconhece que esse ser por trás do universo detesta aquilo que é mal. Deixo aqui um longo trecho retirado do livro, pois não sei como colocá-lo melhor do que Lewis escreveu:

“Se o universo não é governado por um Bem absoluto, todos os nossos esforços estão fadados ao insucesso a longo prazo. Se, no entanto, ele é governado por esse Bem, fazemos-nos inimigos da bondade a cada dia e o panorama não parece dar sinais e melhora no futuro. Logo, nosso caso é, de novo, irremediável – inveiável com ele ou sem ele. Deus é o nosso único alento, mas também é o nosso terror supremo; é a coisa que mais precisamos, mas também da qual mais queremos nos esconder.”

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“Quando você sabe que está doente, dá ouvidos ao médico”

Essa é a frase mais marcante desse terceiro ponto levantado por Lewis. Pois ele fez todas as voltas filosóficas para chegar a esse ponto:

“(…) o cristianismo só tem sentido para quem teve de encarar de frente os temas tratados até aqui. O cristianismo exorta as pessoas a se arrepender e lhes promete o perdão.”

No entanto se um alguém não reconhece culpa algum em si, então nada do cristianismo lhe faz sentido (por isso a frase do subtítulo). Você só pode ser perdoar de algo de que se arrepende e para se arrepender é necessário o reconhecimento do erro. Ao entender esse ponto crucial, você poderá compreender o que os cristãos têm a oferecer, que é justamente o caminho que o próprio Deus criou para a humanidade ser salva de sua própria ira divina, e isso prova que Deus não é impessoal, muito pelo contrário, é alguém que fez grande sacrifício para salvar alguém que se auto condenou.

“Deus se fez homem para salvar o homem de sua própria ira.”

Lewis encerra o último capítulo do livro I com reflexões acerca do quanto pode ser dura a realidade apontada por ele, mas que se faz necessária a coragem para encarar os fatos e assim ser acolhido pela religião cristã. Para ele:

“É inútil tentar obter o consolo sem antes passar pela consternação.”

Ele acredita que é necessário passar pelo desconforto para assim chegar ao consolo:

“Se você buscar a verdade, encontrará a consolação no final; se você buscar o consolo, não terá nem o consolo nem a verdade – terá somente uma melosidade vazia que culminará em desespero.”

Conclusão da Dory

Eu achei esse capítulo um dos mais incríveis do livro I! Acho que é pelo fato dele ter “amarrado” todos os argumentos e pesamentos em uma conclusão prática sobre a vida, buscar a verdade. Todos os pontos levantados por Lewis ao longo de todos esses capítulos me parecem ser resposta para perguntas que frequentemente fazermos para nós mesmos e ele consegue trazer explicações muito simples e eficientes (apesar de algumas poucas vezes trazer alguns argumentos meio frágeis).

Por fim chegamos final do livro I de Cristianismo puro e simples. O que você achou? Gostou da série? Quer que eu continue? Vou deixar na página do Face uma enquete sobre a continuidade da série 🙂 passa lá pra deixar seu voto ~

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Em amor, Dory ❤

Lewis e eu – O que existe por trás da lei

Olá!!! Bem vindo ao segundo texto do dia!! Uhuuul \o/ E como prometido, é da série Lewis e Eu. E antes de começar definitivamente o texto de hoje, quero lembrar vocês que o Cumpo de desconto na loja da Editora Ultimato acaba na terça feira! Corra e compre com 15% de desconto qualquer livro do autor C. S. Lewis ❤ para mais informações, clique aqui! ^^ Okay, recado dado vamos ao que interessa!

Os dois pensamentos

Lewis levanta no começo desse capítulo os dois principais pensamentos que a humanidade carrega há muitos séculos. O pensamento materialista e o pensamento religioso. Ele sabe que entre esses dois existe o pensamento intermediário, mas não cita no capítulo, apenas aborda esse pensamento intermediário no final do capítulo em forma de nota. Isso acontece porque essa reflexão foi feita inicialmente na rádio, portanto existia um limite de tempo, logo, Lewis não abordou esse pensamento mediano durante a reflexão do capítulo, mas como em um livro existe a possibilidade de notas, ele optou por comentar sobre isso apenas no final.

De forma resumida, o pensamento materialista é aquele que toma como rela apenas o que possui matéria, ou seja, é físico. Logo, o mundo foi criado por um acumular de coincidências, onde um universo foi formado, um planeta com as perfeitas condições de vida se formou e um ser pensante se desenvolveu. Já o pensamento religioso, acredita que o universo fora criado por algum ser pesante que dotado de um objetivo e preferências. Lewis recorda que esse tipo de dualidade não é algo apenas contemporâneo a nós:

“Onde quer que tenha havido homens pensantes, os dois pontos de vista sempre apareceram de um forma ou de outra.”

Como aqui eu tenho como objetivo te ajudar a entender o livro, vou trazer agora a discussão que Lewis levantou sobre o pensamento mediano, o qual ele chama: filosofia da Força Vital, ou Evolução Criativa, ou Evolução Emergente. Em resumo, esse pensamento se resume a algumas afirmações feitas por seus defensores:

“Seus defensores dizem que as pequenas variações pelas quais a vida nesse planeta ‘evoluiu’ das formas mais simples à forma humana não ocorreram em virtude do acaso, mas sim pelo ‘esforço’ e pela ‘intenção’ de uma Força Vital.

O ponto questionado por Lewis é: Se essa tal Força Vital é algo semelhante à uma “mente que traz a vida a existência e a conduz à perfeição” não é outra coisa se não Deus. Logo, é um pensamento idêntico ao religioso! Mas com a diferença de que é mais confortável, pois:

“Uma das razões pelas quais as pessoas julgam a Evolução Criativa tão atraente é que ela dá o consolo emocional da crença em Deus sem impor as consequências desagradáveis desta. (…) A Força Vital é como um deus domesticado.”

E para fechar com chave de ouro esta nota, Lewis escreve: “Não será a Força Vital a maior invenção da fantasia humana que o mundo jamais viu?”

Sobre a ciência

Em seguida a essa discussão sobre os pensamentos humanos, Lewis levanta a questão da ciência, sobre como ela não pode de forma alguma provar a existência ou inexistência de Deus. Pois, a ela estão reservadas questões práticas como a física, química e tantas outras ciências, as quais podem ser testadas e comprovadas. E para dar mais peso ao seu ponto, Lewis afirma o seguinte:

“Suponha que a ciência algum dia se tornasse completa, tendo o conhecimento total de cada mínimo detalhe do universo. Não é óbvio que perguntas como ‘Por que existe um universo?’, ‘Por que ele continua existindo?’ e ‘Qual o significado de sua existência?’ continuariam intactas?”

Por isso a ciência não supre a necessidade do homem em relação a essas questões existenciais.

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Dentro e fora

Como a ciência não pode nos ajudar a entender essa “mente” por trás da criação do universo, como então podemos entender, nem que seja um pouquinho, ela? Lewis diz que o Ser Humano é o objeto mais palpável para esta análise, já que é algo que podemos entender por dentro, em especial o Eu.

“Alguém que estudasse o homem de ‘fora’, da maneira como estudamos a eletricidade ou os repolhos, sem conhecer nossa língua e, portanto, impossibilitado de obter conhecimento do nosso interior, não teria a mais vaga ideia da existência desta lei moral a partir da observação de nossos atos.”

Porque a questão como um todo é: “Existe algum ser por trás da criação?”, logo, esse ser não poderia ser encontrado na própria criação, mas sim, através da criação obteríamos algumas pistas sobre:

“Se existisse um poder exterior que controlasse o universo, ele não poderia se revelar para nós como um dos fatos do próprio universo – da mesma forma que o arquiteto de uma casa não pode ser uma de suas escadas, paredes ou lareira.”

A única maneira mais segura de se “pesquisar” sobre esse ser, seria dentro de nós mesmos. Mas como faremos isso? Lewis coloca uma situação hipotética para esse questionamento:

“Suponha que alguém me perguntasse, acerca de um homem de uniforme azul que passa de casa em casa depositando envelopes de papel em cada uma delas, por que afinal, eu concluo que dentro dos envelopes existem cartas. Eu responderia: ‘Porque sempre que ele deixa envelopes parecidos na minha casa, dentro deles há uma carta para mim.”

O argumento é muito válido, Lewis não precisa abrir nenhum envelope que não esteja endereçado a ele, pois ele imagina o seu conteúdo pelas cartas que ele própria recebe. Uma colocação interessante que ele faz é supondo a possibilidade de se experimentar a consciência de uma pedra ou de uma árvore, e ele afirma que as “cartas” que esses seres recebem são diferentes das “cartas” que ele próprio recebe. Ou seja, a pedra obedece à lei natural, enquanto o ser humano a lei da natureza humana.

Com toda essa explicação, Lewis diz que nem chegou perto do Deus da teologia cristã e que o que ele fez até agora é comprovar por evidências que existe algo pensante por trás da criação do mundo. E a finalização desse capítulo vem com uma frase que eu achei magistral:

“Houve muita conversa fajuta a respeito de Deus nos últimos cem anos, e não é isso que tenho a oferecer. Esqueça tudo o que ouviu.”

Opinião da Dory

Os 2 capítulos anteriores a esse estavam um pouco fracos em argumentação ao meu ver, mas esse aqui realmente me deixou sem palavras. Cada ponto levantado me pareceu muito pertinente e muito bem trabalhado. Enquanto eu escrevia esse texto, me veio a mente uma música que gosto muito e quero compartilhar com vocês! Ela diz justamente sobre a questão de Deus não estar limitado a sua criação, já que Ele é o criador 🙂

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Em amor, Dory ❤

Lewis e eu – “A realidade da Lei”

Oi oooi gente! Como vocês estão? Espero que bem bem ^^ Não sei se você viu, mas no post da semana passada não tivemos um texto da série Lewis e eu , mas tivemos algo tão legal quanto. SIIIM, ganhamos nosso primeiro cupom de desconto!!!! Para mais informações clique aqui ❤ Mas como é uma nova semana, cá estamos nós para o texto dessa semana da melhor série da blogosfera \o/

Sim, ainda sobre a Lei da Natureza Humana

Eu imagino que você, assim como eu, já está meio (na verdade muito!) enjoado de ler sobre essa Lei da Natureza Humana. Mas Lewis está longe de se sentir esgotado desse tema hahaha por isso ele dedica mais um capítulo para explorar este bendito tema por uma perspectiva um pouco diferente, o que para o autor é uma maneira de aos poucos ajudar o leitor a assimilar e a aceitar essa ideia que insistentemente é levantada. Mas para o começo desse capítulo Lewis com um esclarecimento:

“Nesta investigação, não estou preocupado com a culpa; estou tentando descobrir a Verdade.”

Em resumo, Lewis não está preocupado em colocar a sociedade em uma balança, pois ele sabe que ninguém é perfeito na humanidade humana, no entanto o objetivo dele é justamente intender porque ninguém é perfeito na humanidade! (Será que eu consegui explicar direitinho hahaha espero não ter te confundido mais)

A grande diferença entre os humanos e os não-humanos

Creio que tudo o que eu poderia dizer sobre essa parte do tema Lewis resumiu muito bem em duas frases:

“As leis da natureza, quando aplicadas às árvores ou pedras, podem significar apenas ‘o que a Natureza efetivamente faz’. Mas, se nos voltarmos para a Lei da Natureza Humana, ou Lei da Boa Conduta, a história é outra.”

Ou seja, assim como Lewis tem dito nos outros capítulos, o ser humano tem duas particularidades, eles possuem esse lei mas não a seguem. Enquanto todo o resto da natureza possui uma regra e a segue definitivamente.

“A lei da gravidade nos diz o que a pedra faz quando cai; já a Lei da Natureza Humana nos diz o que os seres humanos deveriam fazer e não fazem.”

Aquilo que nos é conveniente

Talvez exista um pensamento errôneo na sociedade de que consideramos “mau” tudo aquilo que nos é inconveniente, no entanto em algumas situações práticas podemos notar como esse pensamento é falho. Lewis dá o exemplo de um traidor numa guerra. Para o país X, ter um alguém do país Y que traia sua pátria é conveniente, porém sabemos que mesmo que isso traga benefícios para mim e à minha pátria, um traidor, sempre será alguém imoral, alguém que cometeu um ato de desonra.

“Na guerra, cada um dos lados beligerantes achará muito útil um traidor do lado oposto; porém, apesar de usá-lo e de recompensá-lo pelos serviços prestados, o considerará um verme em forma humana.”

Logo em seguida, Lewis levanta a questão de a boa conduta ser vantajosa em uma perspectiva coletiva, ou seja, não há mistério em ser alguém com boa conduta, pois é algo que traz resultado em coletividade.

“Os seres humanos, no fim das contas, possuem algum bom senso; percebem que a segurança e a felicidade só são possíveis numa sociedade em que cada qual age com lealdade, e é por perceber isso que tentam conduzir-se com decência.”

Mas esse argumento para Lewis não faz sentido, pois é como se o objeto que está sendo questionado respondesse com ele mesmo… (okay, essa explicação não foi muito boa, vamos ver o que de fato está escrito no livro)

“Da mesma forma, se uma pessoa pergunta o motivo de se agir com decência, não vale responder ‘para o bem da sociedade’, pois beneficiar a sociedade, ou, em outras palavras, ser altruísta (pois ‘sociedade’, no fim das contas, significa apenas ‘as outras pessoas’) é um dos elementos da decência.”

Ou seja, nós não sabemos por que sentimos essa necessidade de sermos bons, simplesmente queremos. E não, assim como foi discutido no início, não é apenas uma forma de mostrar aos outros como queremos ser tratados, pois a boa conduta nem sempre nos é conveniente, na verdade, na maioria das vezes é o contrário disso.

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Verdade

Assim, Lewis chega ao ponto que queria, a Verdade! No começo ele disse que o seu interesse não era o de colocar a sociedade numa balança, mas sim se encontrar a Verdade, e pois bem aqui está ela:

“Consequentemente, essa Regra do Certo e do Errado, ou a Lei da Natureza Humana, ou como que que você queria chamá-la, deve ser uma Verdade – uma coisa que existe realmente, e não uma invenção humana.”

Mas, ainda existe algo não explicado… Lewis conseguiu finalmente encontrar a tal da Verdade, porém eu não consigo ver os fatos! A humanidade ainda não cumpre com essa tal regra/lei, então como eu posso ter essa certeza de que ela realmente existe?

“Começa a ficar claro que teremos de admitir a existência de mais de um plano de realidade; e que, neste caso em particular, existe algo que está além e acima dos fatos comuns do comportamento humano, algo que no entanto é perfeitamente real – um lei verdadeira, que nenhum de nós elaborou, mas nos sentimos obrigados a cumprir.”

E é assim que Lewis encerra o terceiro capítulo. O que você acha? Concorda com o pontos levantados por ele? Não? Por que? Conta aqui nos comentários pra gente conversar e conseguir construir alguma ideia legal 🙂

Conclusão da Dory

Eu gosto muito do C. S. Lewis, tanto que estou fazendo esta série de textos só sobre o livro dele, mas acredito que este capítulo contém algumas argumentações fracas e mutias vezes forçadas, mas entendo o ponto de vista dele; só não acredito que ele usou das melhores ferramentas para se explicar. Bom, é isso 🙂 vejo vocês no próximo texto ~

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Em amor, Dory ❤

DESCONTO para nós!

GENTEEEE! Tenho uma super novidade pra vocês!!! O blog consegui seu primeiro cupom de desconto \o/ Muito obrigada a você que sempre tem me apoiado e acompanhado os textos por aqui 🙂 agora é a minha vez de retribuir o carinho de vocês com esse maravilindo presente que a Editora Ultimato nos deu ❤

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Isso mesmo, você não leu errado, por você ser um leitor do Oi eu sou a Dory, pode usar o cupom: “CSLOVERS”! Basta ir no seu carrinho e colocar o código no campo vale presente e pronto, ganhou 15% de desconto nos livros maravilhosos no C. S. Lewis ❤

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Segustões da Dory!

Pra você aproveitar bem esse descontão eu vou deixa aqui algumas sugestões minhas 🙂

Lançamento: O Regresso do Peregrino

Sinopse: “Em O Regresso do Peregrino, C. S. Lewis mostra a sua própria busca por significado e realização espiritual, que, enfim, o levaria ao cristianismo.

O Regresso do Peregrino – Uma Defesa Alegórica do Cristianismo, da Razão e do Romantismo, é o primeiro livro de ficção de C. S. Lewis, e registra, por meio da fantasia o que de outra forma exigiria um tratado de filosofia da religião.

A alegoria é construída a partir da conhecida obra de John Bunyan, “O Peregrino”, e a narrativa descreve a viagem de John para uma ilha encantada e de sonhos, através de lugares como a cidade de Escrópolis e o Vale da Humilhação. É recheada de aventuras e, em meio a sátiras e embates culturais, desenha personagens como o sr. Iluminismo, o sr. Rambutan, a Mãe Kirk e o sr. Sensato. Nas habilidosas mãos de Lewis, essa fábula torna-se uma apologia cristã tão eficaz como a do clássico de John Bunyan.”

Um livro da minha lista de desejos: Um ano com C. S. Lewis

Sinopse: “C. S. Lewis é nosso guia confiável nesta preciosa coletânea de leituras diárias para 2013.

Para celebrar a vida e o legado daquele que é um dos maiores pensadores cristãos do último século, Ultimato faz o relançamento do seu Um Ano com C. S. Lewis, 50 anos após a sua morte.

As leituras diárias encontradas em Um Ano com C. S. Lewis foram cuidadosamente selecionadas dos clássicos: Cristianismo Puro e SimplesCartas de Um Diabo a seu AprendizO Grande AbismoO Problema do Sofrimento e Milagres, entre outros.

A cada dia, percorremos um caminho de descobertas com um amigo ao nosso lado. Lewis reflete sobre temas como a descoberta da fé, a natureza do amor, o sofrimento, os milagres, a morte, entre outros. A companhia perfeita e uma oportunidade maravilhosa de reflexão e encorajamento para a vida diária.

Além da peculiar sabedoria e profundidade do autor, o leitor também vai encontrar pequenos comentários sobre a vida de C. S. Lewis, que mostram o contexto em que foram escritas as suas obras. “

Um livro que tenho e recomendo: Leituras diárias das Crônicas de Nárnia

Sinopse: “Leituras Diárias das Crônicas de Nárnia – Um Ano com Aslam reúne uma seleção preciosa de 365 trechos dos sete livros mais amados de C. S. Lewis – As Crônicas de Nárnia –, que se tornaram clássicos da literatura mundial e também ganharam o cinema.

Em meio a aventuras encantadoras, encontramos também inspiração, sabedoria e orientação sobre o verdadeiro significado da vida. A ética e os dilemas dos personagens são surpreendentemente relevantes para nós hoje.

Ao longo de um ano inteiro, as perguntas e reflexões no final de cada leitura diária nos ajudam a conhecer o mundo de Nárnia e compreender melhor o nosso próprio mundo. “

Em extrema gratidão, Dory ❤

Lewis e Eu – “Algumas Objeções”

Oi oooi gente! Tudo bem? Espero que sim, as coisas aqui estão um pouco agitadas demais hahaha, mas tudo bem, logo a tempestade vai passar e a bonança voltará 🙂 Enfim, aqui esté o segundo capítulo da série do “Lewis e Eu”! Espero que vocês estejam gostando 🙂 O capítulo de hoje continua a falar

Ainda sobre a Lei Moral

Como a Lei Moral é o fundamento das duas ideias que sustentam o pensamento de Lewis, ele decide então dedicar mais um capítulo para concretizar melhor essas ideais. Este segundo capítulo é bascicamente um ajuntamento de questionamentos que o autor recebeu sobre a questão da Lei Moral e trazer mais respostas e exemplos, por meio de metáforas, para esclarecer melhor seu ponto de vista.

“A Lei Moral não seria apenas mais um instinto humano?”

Essa é a primeira pergunta levantada, e a resposta que Lewis dá é muito simples e direta:

“Suponhamos que você ouça um grito de socorro de um homem em perigo. Provavelmente sentirá dois desejos: o de prestar socorro (que se deve ao instinto gregário) e o de fugir do perigo (que se deve ao instinto de autopreservação). Mas você encontrará dentro de si, além desses dois impulsos, um terceiro elemento, que lhe mandará seguir o impulso da ajuda e suprimir o impulso da fuga. Esse elemento, que põe na balança os dois instintos e decide qual deles deve ser seguido, não pode ser nenhum dos dois.” 

Como sempre em suas explicações, Lewis trás uma metáfora bem prática e palpável, no entanto lendo apenas este exemplo eu não entendo qual a conclusão que ele quer chegar, por isso a metáfora que vem a seguir é de extrema importância!

“Você poderia pensar também que a partitura musical, que lhe manda num determinado momento, tocar tal nota do piano e não outra, é equivalente a uma das notas do teclado. Lei Moral nos informa da melodia a ser tocada; nossos instintos são meras teclas

Ou seja, seja-se a conclusão de que se a Lei Moral coloca os instintos na balança, ele próprio não pode ser um instinto também. Assim como uma tecla não pode colocar a si própria e a outra tecla na balança e analisar qual deve ser tocada.

Uma outra forma de se responder a essa pergunta é levantando o fato de que a Lei Moral comummente faz com que o instinto mais fraco prevaleça.

“Provavelmente, seu desejo de ficar a salvo é maior do que o desejo de ajudar o homem que se afoga, mas a Lei Moral lhe manda ajudá-lo, apesar dos pesares

Em resumo, a Lei Moral fortalece os instintos mais fracos, pois é o “mais correto”. Mas existe uma ressalva:

“É evidente, porém, que, no momento em que decidimos tornar mais forte um instinto, nossa ação não é instintiva.”

Por fim, a terceira e última forma de se enxergar a diferença da Lei Moral em relação aos instintos é entendendo que não existe instinto bom ou ruim. Lewis diz que na verdade o que certos instintos são adequados para certas ocasiões e outros instintos em outras ocasiões.

“No entanto, em certas ocasiões, é dever do homem casado encorajar seu impulso sexual, e do soldado fomentar sua agressividade. Existem também oportunidades em que a mãe deve frear seu amor pelo filho, ou um homem deve conter o amor por seu país, para que não cometa injustiça contra crianças ou outros países. A rigor, não existem impulsos bons e impulsos maus.”

E retomando a imagem do piano e as notas, Lewis conclui seu pensamento:

“Cada uma das notas é certa para uma determinada ocasião e errada para outra. A Lei Moral não é um instinto particular ou um conjunto de instinto; é como um maestro que, regendo os instintos, define a melodia que chamamos de bondade ou boa conduta.”

E segundo o autor, o mais perigoso é se deixar dominar por instinto e ter como certo um instinto a todo momento.

“Isso que você chama de Lei Moral não é só uma convenção humana?”

Para Lewis isso não é uma verdade, pois assim como a Matemática, a Lei Moral também é ensinada, mas isso não quer dizer que ela não é real, pois sabemos que mesmo manifesta de maneiras um pouco diferentes, todos os povos desenvolvem matemática em sua essência; da mesma forma, a Lei Natural pode nos ser ensinada, mas isso não significa que ela não seja algo real e não apenas uma invenção humana. Um segundo argumento a essa questão é o fato de se fazer uma classificação de mais moralmenos moral. Quando dizemos que tal grupo de pessoas é mais moral do que outro, estamos exercendo uma escala de moralidade. Lewis afirma que:

“o progresso não significa apenas mudança, mas uma mudança para melhor. Se um conjunto de ideias morais não fosse melhor do que outro, não haveria sentido em preferir a moral civilizada à moral bárbara, ou a moral cristã à moral nazista”

Quando fazemos uma escala de mais moral para menos moral, estamos usando um Moral Verdadeira. Assim como quando dizemos que algo é mais triangular do que outra coisa, ou então uma música é mais calma do que a outra.

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Trezentos anos atrás, às bruxas na Inglaterra eram queimadas na fogueira. É isso que você chama de Regra da Natureza Humana ou de Boa Conduta?”

Esta é a última pergunta e a mais comprida hahaha. A resposta de Lewis é certa, o que mudou em trezentos anos não foi a moral, mas sim o conhecimento. Descobrimos e convencionamos que bruxas não existem e Lewis define muito bem essa ideia com uma suposição:

Não consideraríamos misericordioso um homem que não armasse ratoeiras por não acreditar que houvesse ratos na casa.”

Assim o capítulo se encerra.

Comentários da Dory!

Lendo esse capítulo eu me lembrei muito o quanto as pessoas já me questionaram acerca da minha fé. Percebi ao longo do tempo, e principalmente pela graça, Deus tem me dado sabedoria para responder esses questionamentos com amor. Todas as vezes que sinto falta de sabedoria, sempre me lembro de um versículo:

“Se alguém de vocês tem falta de sabedoria, peça-a Deus, que a todos dá livremente, de boa vontade; e lhe será concedida.”

Tiago 1:5

E Deus sempre nos ensina com amor! Mas não se esqueça que amor não é omissão, não é compactuar com tudo 😉 E é isso, espero que vocês tenham curtido o texto de hoje.

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Em amor, Dory ❤

Lewis e eu – “A lei da natureza humana”

Oi oooi gente!! Sentiram falta da série? Eu senti muuuita falta! Mas espero que esse momento conturbado passe logo >< Para saber mais visite a Page no Face ❤.Mas vamos lá!

Antes de tudo uma explicação!

O livro “Cristianismo puro e simples” é separado em quatro partes, que têm o nome de livro, e esses livros têm capítulos. Hoje vamos começar com o Livro I, capítulo I.

Os dois pontos principais

Neste primeiro capítulo, Lewis quer demonstrar como nós seres humanos, todos nós, temos uma singular noção do que é Lei Natural (a qual explicarei melhor mais pra frente) e que na prática não nos comportamos de acordo com esta tal lei.

“Esses dois fatos são o fundamento de todo o pensamento claro a respeito de nós mesmos e do universo em que vivemos”

Lei Natural

A ideia central é que assim como o universo é regido pelas leis da física, biologia e química, da mesma forma nós humanos também temos essas leis para nos reger; no entanto diferentemente do resto do universo nós podemos escolher obedecer ou não.

“Em outras palavras, o homem não pode desobedecer às leis que tem em comum com os outros seres; mas a lei própria da natureza humana, a lei que não é compartilhada nem pelos animais, nem pelos vegetais, nem pelos seres inorgânicos, a esta lei o ser humano pode desobedecer, se assim quiser.”

Para que a ideia se tone mais palpável, Lewis levantou exemplos práticos de que nós conhecemos esta Lei Natural, e mesmo que pareça simplória é muito assertiva no que se propôs a demonstrar.

O exemplo é o seguinte: Dois homens discutem sobre um ter feito algo injusto; como por exemplo: sentar na cadeira que o outro estava sentado antes, descumprir uma promessa ou um trato. E nessa discussão o que mais chama a atença do autor é o fato de um sempre querer mostrar que o outro está errado. Desta forma comprova-se que ambos têm um conhecimento prévio do que é o certo e o errado, mesmo que de forma inconsciente.

“Não haveria sentido em demonstrá-lo (que o outro está errado) se você não e ele não tivessem algum tipo de consenso sobre o que é o certo e o errado, da mesma forma que não haveria sentido em marcar a falta de um jogador de futebol sem que houvesse uma concordância prévia sobre as regras do jogo.”

Descumprindo a Lei Natural

Mas você provavelmente deve estar pensando: “Mas eu conheço pessoas que não ligam para o certo ou errado, ou até mesmo tem um conceito diferente de certo e errado que eu!”. Para responder a esses questionamentos, Lewis levantou algumas respostas.

Começando pela primeira parte do questionamento: Pessoas que não ligam para o certo ou o errado, encontramos esta resposta no livro:

“Isso evidentemente não significa que não se pudesse encontrar, aqui ou ali, um indivíduo que a ignorasse, assim como existem indivíduos daltônicos ou desafinados.”

Já em relação a diferença no conceito de certoerrado no âmbito de cultura, Lewis trás a seguinte reflexão:

“É certo que existem diferenças entre as doutrinas morais dos diversos povos, mas elas nunca chegam a construir algo que se assemelhasse a uma diferença total.”

Ele teve todo o trabalho de estudar individualmente as civilizações antigas neste quesito e todos os dados encontrado estão reunidos no livro The abolition of Man (A abolição do homem).

E as pessoas que afirmam não haver Certo Errado?

Para essa pergunta, Lewis é bem simples e direto! Creio que não haja necessidade de algum comentário prévio, então deixarei aqui um trecho que explica bem essa questão e de forma bem engraçada!

“O mais extraordinário, porém é que, sempre que encontramos um homem a afirmar que não acredita na existência do certo e do errado, vemos logo em seguida este mesmo homem mudando de opinião. Ele pode não cumprir a palavra que deu, mas, se você fizer a mesma coisa, ele lhe dirá “Não é justo!” antes que você  possa dizer “Cristóvão Colombo”. (…) Se não existe uma Lei Natural -, qual seria a diferença entre o justo e um injusto?”

Nossos erros não mudam os fatos

Só porque nós não obedecemos, não quer dizer que estas leis não existam! E o mais formidável é que quando erramos, tendemos a colocar desculpas para o que fizemos; seja nas outras pessoas ou até mesmo nas circunstâncias. Mas o que é mais importante não é  fato de acreditarmos ou não, darmos desculpas não, mas que elas de fato existem!

“As pessoas podem volta e meia se enganar a respeito deles, da mesma forma que às vezes erram numa soma; mas a existência de ambos não depende de gostos pessoais ou de opiniões, da mesma forma que um cálculo errado não invalida a tabuada.”

“Se não acreditássemos na boa conduta, por que a ânsia  de encontrar justificativas para qualquer deslize? A verdade é que acreditamos a tal ponto na decência e na dignidade, e sentimos com tanta força a pressão da Soberania da Lei, que não temos coragem de encarar o fato de que a transgredimos. Logo, tentamos transferir para os outros a responsabilidade pela transgressão.”

“São somentes as fraquezas que procuramos justificar pelo cansaço, pela preocupação ou pela fome. Nossas boas qualidades, atribuímo-las a nós mesmos.”

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Comentários da Dory!

Em relação a esse capítulo tenho duas coisas que gostaría de comentar!

1 – O livro foi escrito baseado em programas de rádio que Lewis produziu durante a Segunda Guerra Mundial; assim, muitos dos exemplos que ele traz remetem também à guerra, seja em relação a exaltar um soldado que lutou bravamente no fronte, quanto outras situações que remetem a esse momento histórico.

2 –  Ler esse capítulo me lembrou muito do Primeiro Pecado, aquele que foi cometido no Jardim do Éden, e me fez pensar como a analogia faz sentido com essa história contada no primeiro livro da Bíblia.

E é isso galera 🙂 espero que vocês tenham gostado e realmente espero conseguir voltar a postar continuamente ~

Agradecimento especial à Página C. S. Lewis Brasil pelo apoio

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Em amor, Dory ❤

Nova série! – Lewis e eu –

Oi oooi gente! Tudo bem? Espero que sim 🙂 Hoje estreamos uma nova série aqui no blog ❤ Ela é resultado da enquete que eu fiz na página do Face do blog . (caso você não conheça a nossa Página, clica lá!) E nessa nova série eu quero trazer posts em que eu trago os capítulos do livro “Cristianismo puro e simples” do C. S. Lewis (o mesmo autor de As crônicas de Nárnia) e comento um pouquinho. A ideia desse novo tipo de texto surgiu quando eu voltei a ler o livro e percebi que a leitura estava muito menos complicado do que antes. No começo da minha leitura (há muuuuitos anos atrás hahaha) eu sentia que a leitura não fluía e eu não consegui terminar… (já que não era uma história se desenvolvendo, mas sim uma tese) Só terminei depois de parar um pouco e retomar depois de alguns tempos (quando, depois de muito ler textos pra faculdade eu me acostumei com esse modelo “não literário”). Logo, eu pensei: “E se mais pessoas gostam do livro mas sentem dificuldade de entender alguns pontos do texto e/ou não conseguem terminar o livro?” então aqui está um jeito mais leve para “ler” este livro incrível ❤

Pequena introdução

O livro na verdade é um compilado do programa de rádio de Lewis, estes “episódios” do programa foram adaptados em textos e estes textos foram agrupados no livro “Cristianismo puro e simples”. Uma pergunta importante a se fazer aqui é: “Porque Lewis queria falar sobre o cristianismo?” Eu acredito que ele tenha sentido a necessidade de mostrar o cristianismo como algo simples e não uma religião segmentada em várias vertentes e cheia de temas complicados da teologia. Ele queria aproximar Cristo das pessoas e mostrar que seguir a jesus muitas vezes é mais simples do que pensamos. No livro, Lewis aborda temas que todas as “religiões” cristãs têm em comum, e fez questão de entrar em contato com líderes de cada umas das “vertentes” para que avaliassem e confirmasse que não havia nada que fosse heresia. Por isso a ideia de Maria e dos santos católicos não foi tratada e muito outros que as igrejas católica romana, anglicana e etc não concordavam. Ou seja, é um compilado de princípios e da cosmovisão de um cristão.

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As explicações

Por se tratar de um programa de rádio, Lewis não se apegou muito na utilização de um vocabulário rebuscado, mas sim em usar palavras e expressões cotidianas que aproximassem as pessoas dele. Outra forma que eu percebi que ele usa muito bem são metáforas. Muitos conceitos teológicos são abstratos e demandam um aprofundamento em textos teóricos e/ou uma bagagem de escolaridade… Logo, ao utilizar metáforas, Lewis torna esse conhecimento abstrato em algo mais concretopalpável para o seu público. Acho incrível essa preocupação, pois torna a teologia acessível e democrática, não mais restrita àqueles que tinham escolaridade boa (convenhamos que na época em que o conteúdo foi produzido, durante a segunda guerra mundial, o acesso ao conhecimento era bem mais restrito do que já é hoje).

Citando!

Agora, quero dedicar esta parte do texto para trazer trechos da introdução do livro, escrita por Kathleen Norris

“Este livro deve ser interpretado à luz de seu contexto. Num ato de coragem, seu autor quis contar histórias que curassem os corações num mundo que perdera a sanidade”

“Este livro, portanto, não é feito de especulações filosóficas acadêmicas. É, isto sim, um trabalho de literatura oral dirigido a um povo em guerra. Quão insólito deveria ser ligar o rádio – que toda a hora dava notícias de mortes e e de uma destruição indescritível – e ouvir um homem falar, de forma inteligente, bem-humorada e profunda, sobre a importância da distinção entre o certo e o errado.”

“O fato de termos declarado obsoleta a noção de pecado não diminuiu o sofrimento humano. E as respostas fáceis – colocar a culpa na tecnologia ou, porque não, nas religiões do mundo – não resolveram o problema. O problema, C. S. Lewis insistia, somos nós. A geração ímpia e perversa da qual falavam milhares de anos atrás os salmistas e os profetas é também a nossa, sempre que nos submetemos a males sistêmicos e individuais como se não tivéssemos outra alternativa.”

“Falando unicamente com a autoridade da experiência de leigo e ex-ateu, C. S. Lewis disse aos ouvintes na rádio que o motivo pelo qual fora selecionado para a missão de explicar o cristianismo para a nova geração era o de não ser ele um especialista no assunto, mas antes “um amador… e um iniciante, não uma mão calejada.”

“O cristianismo ‘puro e simples’ de C. S. Lewis não é uma filosofia nem mesmo uma teologia que deve ser lida, discutida e guardada na estante.”

“O cristianismo que Lewis comunga é humano, mas não é fácil: ele nos chama a reconhecer que a maior batalha religiosa não se trava num campo espetacular, mas dentro do coração humano comum, quando, a cada manhã, acordamos e sentimos a pressão do dia a nos afligir e temos de decidir que tipo de imortais queremos ser.”

Espero que vocês tenham gostado! Deixem aqui nos comentários a opiniões de vocês e as sugestões também 🙂

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